LA MARIE

Após ter recebido e indicado tal Bistrôt para inúmeras pessoas, consegui comparecer ao local. Chegamos numa tarde chuvosa, cinza. O cardápio já pré-estabelecido, uma vez que estamos na São Paulo Restaurant Week.

No pedido estava uma salada verde com carpaccio e molho de mostarda e alcaparras de entrada. Uma boa combinação, leve, com o carpaccio cortado fino (como manda o figurino) e de lagarto. O molho de alcaparras e mostarda leve como deve ser, acompanhou muito bem o pedido.

O prato principal escolhido era um belo saint-pierre com molho de mel e mostarda (outra opção era um escalope de filet com molho de vinho e shitake). Composto no molho também pude observar pequenas raspas de limão que muito agradaram meu olfato e paladar. Acompanhando um arroz feito com alho-poró, bem executado e servido na temperatura correta (QUENTE!!). De sobremesa uma linda taça de martini preenchida com um flambè de mangas com conhaque e uma bola de sorvete creme.

  

Composto com uma atmosfera correta e um verdadeiro layout de Bistrôt, o La Marie e suas no máximo 15 mesas, é sem dúvida um lugar para voltar!! A noite com uma luz indireta é um perfeito local para "à dois". Entra na minha lista de lugares para continuar visitando e indicando. Para aos que gostariam de aceitar a indicação o endereço é Rua Franscisco Leitão, 16. Pinheiros (recomendo reserva para ir à noite).

Obs.: Não comentarei valores, pois como estamos no SPRW o valor é pré-fixado.

Att,

Fritz Brenner

REGRESSAR É PRECISO!!

Após meu ano sabático (leia-se completo abandono) eu retorno a fazer de minhas experiências gastronômicas um pequeno relato. De cara nova, vontade nova e fome nova, colocom-me de novo ao fronte deste pequeno diário de bordo e espero que agrade a todos que lerem.

Att,

Fritz Brenner

Arabia

Eleito o melhor restaurante de comida árabe da cidade pela revista Veja, esta casa localizada nos Jardins, faz jus a tal nomeação. Em um ambiente suntuoso, com um jardim interno muito bem montado, o restaurante dá ares de um pequeno palacete para o deleite de sultões. Minha única observação em relação ao composição do ambiente é que não era necessário imitar o clima vivenciado por sultões, o ar condicionado poderia ser melhor distribuído.

Recrutei para esta aventura meus dois fiéis escudeiros. Pedimos um “menu degustação” (ou o que seria um equivalente a isso) que mesclava um pouco da culinária árabe elaborada e os pratos mais conhecidos popularmente (mas igualmente bem feitos). Entre falafel’s, carneiros, coalhada seca e outras iguarias da melhor, e arrisco, uma das mais bem feitas cozinhas árabes. Bom ressaltar uma carta de vinhos interessante, de onde recebi um indicação para um vinho libanês (bem indicado, um vinho mais encorpado do que estamos acostumados, mas que acompanhou bem os pratos).

Les desserts, as sobremesas (um paixão minha), infelizmente, deixaram um pouco a desejar!! Nada que arruinasse tão maravilhosa refição.
O banheiro era funcional e muito bem limpo, mas pecava na decoração, o que destoava do resto da casa.
Na Haddock Lobo, 1397, Jardins a refeição sai numa média de R$ 65,00 em moedas de ouro já incluso as bebidas e sobremesa.

Flying Sushi

Numa triste segunda-feira, à noite, ele se encontrava em um restaurante vazio. Parece um início de algum conto de Lygia Fagundes Telles, mas foi minha refeição naquela chuvosa segunda.
Em um espaço arrumado, mas nada que chamasse minha atenção, resolvi fazer minha reposição energética noturna diária, também conhecido como jantar. Com uma comida que transparecia o cuidado (ou a falta do mesmo) que a casa tinha com tudo.

Recrutei um soldado raso (raramente visto em restaurantes) para ser minha companhia naquela noite. Escolhemos o, invariável, rodízio de comida japonesa.
Não posso deixar de relatar o desastre da escolha. O primeiro prato a ser servido foi um guioza gelado (e depois esquentado em microondas), seguido de a composição básica de um rodízio: temaki (nada extraordinário) e um prato de combinados (com um peixe que não consegui descobrir a origem nem seu nome). Ao pedir ajuda dos “colaboradores” do estabelecimento constatei que aquela não seria das melhores.

Descobri posteriormente que tal estabelecimento faz parte de uma rede, por isso não confirmo que todas as unidades são iguais, mas ficaria atento a escolha do mesmo novamente.
O banheiro, não foi uma surpresa, representava bem o resto do ambiente e cuidado com a comida: “lambão”.
Com um valor de R$ 38,00 por pessoa já incluso as bebidas da noite este que vos fala não recomenda o mesmo que se encontra na Rua Botucatu, 693 na Vila Mariana.

ICI Bistrô

Estava ansioso para escrever esta crítica em especial. Desde que comecei este projeto eu ainda não tive a oportunidade de realmente criticar um estabelecimento. O momento apareceu! Minha primeira crítica mais ácida vai para nada menos que o eleito pela Veja São Paulo 2008 como melhor francês da cidade, o Ici Bistrô.

Localizado na Rua Pará, em um charmoso endereço de Higienópolis, a casa deixou e muito a desejar em um domingo de movimento.
Fomos, a tropa completa, mais minha mais ilustre convidada que não apenas conhece, mas tem opinião formada, sobre a maioria das casas de alimentação da cidade, Sra. Leo Matusa. Seria necessário muito mais que um couvert muito bom (que nos foi servido), para nos manter a espera de entradas que demoraram exatos 40 minutos para aparecerem na mesa. Não que fossem ruins (eram até boas), mas esse espaço de tempo nos tirou um pouco de eixo para apreciarmos corretamente.

Entre os pedidos feitos estavam camarão com batatas (belos, bem feitos, mas nada impressionantes), steak tartare (um pouco apimentado e acompanhava fritas, algo que nunca tinha visto. Não é um elogio!), arraia (salgada!!) e um cassoulet com confit de pato (apresentação e montagem no mínimo diferente. Novamente, não é um elogio!)
Em um ambiente bem decorado e original (um pouco exagerado no ar condicionado para um dia nublado), a casa não mostrou nada que impressionasse, nem a mim, nem à minha tropa, muito menos à nossa ilustre convidada. Com uma comida bem executada, mas com pouca imaginação, batemos em retirada do Bistrô bastante insatisfeitos.

O banheiro era limpo e de boa decoração, retratando o resto do ambiente da casa com veracidade.
Localizado na rua Pará, 36, em Higienópolis, nossa insatisfatória empreitada saiu no valor de R$ 110,00 por combatente, já inclusos entrada, prato principal, sobremesa e bebidas não alcoólicas.

Martín Fierro

Localizado em um dos bairros mais agitados da cidade, este restaurante é sempre uma maravilhosa escolha para quem gosta de uma boa carne à moda dos pampas.
Pude contar nesta empreitada com meus dois escudeiros, que sempre me deixam suas marcas e opiniões.

Sendo um restaurante especializado em grelhados de corte argentino, seu nome é uma singela homenagem à poesia de José Hernández que conta a saga do gaúcho dos pampas.
Num ambiente limpo e despojado, marcado pela informalidade na decoração, começamos com suas famosas Empanadas (uma porção muito agradável e no tamanho correto).


Fomos todos de bife de chorizo, e confesso que não nos arrependemos. Acompanhado de uma deliciosa salada verde, completamos a refeição com purê de batatas, cebolas assadas e batatas com manteiga (pedidos opcionais cobrados à parte). Mas tenho sim uma pequena observação a ser feita, enquanto eu pedi uma carne mal passada, (leia-se “quase” crua) meus escudeiros pediram ao ponto. O problema estava no seguinte ocorrido: todas as carnes que chegaram à mesa estavam no meio do caminho entre o que foi pedido. Pena!
A sobremesa foi neste dia dispensada, mas tive a curiosidade de observar suas opções e não pude deixar de observar que eles mantêm opções de alfajor (sobremesa típica da Argentina).
O banheiro, desta vez, não necessitou de grandes críticas. Simples, limpo e bem organizado, ele reflete o ambiente e decoração da casa.

Num valor de médio porte o restaurante, localizado na Aspicuelta, 683, um almoço com bebidas saiu por R$ 60,00 para cada um.

Família Burger

Incrustado no coração de Perdizes – Rua Monte Alegre, 681 - a “hamburgueria” tem uma proposta simples, mas bem executada (aquele hambúrguer gostoso para comer numa noite de preguiça!!). O layout de um 60’s Dinner com banquinhos no balcão é convidativo.
Levei comigo uma de minhas tropas para a degustação. Entre porções de batata frita (deliciosas! quentes e sequinhas é a melhor descrição!!) fomos de Cheese Burger com variações de opcionais e a uma recomendação da casa, o Golf Burger.

Hambúrgueres bem feitos, em proporções humanamente possíveis de se ingerir em mordidas (nada contra um X-Tudo que não consigo segurar, mas em outra hora e outro lugar). Felizmente não tenho o que reclamar em relação à comida (Porém nada de tirar o fôlego também).
Dei a ordem de dispensarmos as sobremesas, afinal depois poderia precisar ser carregado para algum lugar.
O banheiro, infelizmente, deixou a desejar!! Com apenas um cesto de lixo ao lado do vaso (completamente cheio) e vitrôs completamente empoeirados, foi uma grande decepção. Também seria muito apropriado trocar o assento (de plástico e encardido). Como ponto positivo posso afirmar que o banheiro estava limpo.

Ótimo para encontrar um pequeno grupo de amigos para um papo, ou matar aquela vontade de comer um bom hambúrguer sem pretensão numa noite preguiçosa, o Família Burger consegue preencher sua proposta.
Com um valor médio, saímos pagando R$ 25,00 com as bebidas e batatas.

Blú Bistrô

Começo minha jornada apresentando um pequeno sobrado na Monte Alegre, Perdizes. Despretensioso, com um layout de "bagunça" proposital, o Blú começou como um pequeno café e hoje tem um público cativo tanto no almoço quanto no jantar.

Fui acompanhado de dois dos meus fiéis escudeiros e tivemos um ótimo almoço de quinta-feira.

O couvert da casa, muito bem apresentado, era composto pães, manteiga (muito bem montada), sardela (essa infelizmente deixou, e muito, a desejar, faltando o sabor da páprica e das anchovas) e uma pasta de raiz forte (que por sua excelência balanceava o conjunto).

Seguimos a sugestão e ficamos com o pratos do dia, um boeuf à bourguignon, acompanhado de arroz com brócolis, e um salmão, acompanhado de spaghettini à provençal. Os pratos, de uma apresentação impecável, tiveram seus pontos baixos. Ao boeuf à bourguignon faltaram suas clássicas mini-cebolas e o spaghettini à provençal pecava na quantidade de alho (ou melhor a falta de quantidade). Para finalizar um brigadeiro já incluso no pacote. Muito bom por sinal!

O banheiro é muito agradável, de pintura nova e louça limpa. Odor perfeito (sem odor!!)

De valor médio, um almoço sai na média de R$ 40,00 com bebidas não alcoólicas.

Obs.: O banheiro! Ah! O banheiro para mim é uma coisa muito importante em um restaurante. Ele transmite o grau de limpeza e organização do restaurante inteiro e deve sempre servir de modelo. Por isso não se espantem com o fato que sempre avaliarei o banheiro de cada lugar que visitar.

O abre alas!

Olá!

A quem possa interessar começa aqui um blog informativo, crítico, defendendo uma visão pessoal de alguém que mexe com hotéis e restaurantes a mais de 8 anos.

Vou, a começar por hoje, transmitir aqui uma pequena resenha crítica dos restaurantes, bares, cafés, lanchonetes e botecos de esquina que visitar ou nos quais tenha a oportunidade de restaurar minhas energias gastas. Espero que venha a interessar aos entusiastas por bons restuarantes assim como eu!!

Morando em São Paulo é natural que a grande parte de meus comentários seja sobre lugares da cidade, o que não impede que eu inclua outros lugares aqui também.

Espero que gostem da viagem que começamos agora!

Abs e bem-vindos,

Alfred Golin